Final
Fantasy é uma franquia especial para incontáveis gamers ao redor do mundo, a qualidade técnica - desde os tempos
de nintendinho - com uma arte caprichada, roteiro maduro e cinematográfico, além de composições musicais inesquecíveis, torna essa série uma das mais icônicas na indústria dos videogames.
Cada jogo tem sua carga emocional, história própria e personagens memoráveis, nos mergulhar em mundos complexos e originais, além de possuir todo um clima próprio que é a marca Final Fantasy.
A maestria em despertarsentimentos no jogador se deve aos roteiros que não temem explorar e se mesclar ao gênero e mecânicas de JRPG's, além de nos entregar complexidade psicológica onde
jamais imaginaríamos existir.
Em 1999, alguns anos após o tremendo sucesso que foi o sétimo jogo da série principal no console da sony - o Playstation - A Square (SquareSoft na época) lançou Final Fantasy VIII, o segundo game da franquia a utilizar gráfico tridimensionais e o primeiro a se valer de proporções realistas em seus personagens.
Em 1999, alguns anos após o tremendo sucesso que foi o sétimo jogo da série principal no console da sony - o Playstation - A Square (SquareSoft na época) lançou Final Fantasy VIII, o segundo game da franquia a utilizar gráfico tridimensionais e o primeiro a se valer de proporções realistas em seus personagens.
Recebeu
algumas críticas com relação a sua jogabilidade (pelo sistema de “craft” de magia diferente do
sistema consagrado de MP), mas isso não diminuiu o sucesso estrondoso que o
título fez na época.
Escrito por Kazushige Nojima, direção de Yoshinori
Kitase, produzido por Shinji Hashimoto e com a trilha sonora original composta
pelo grande mito e mestre da porra toda: Nobuo Uematsu.
O enredo
segue a história de um grupo de mercenários da
organização militar SeeD liderados por Squall Leonhart , esse grupo é treinado desde cedo nas mais variadas
artes de combate, para-magia e controle das GF’s (Guardian Forces, entidades
poderosas que podem ser capturadas pelo agentes da SeeD e utilizadas em combate).
A história avança enquanto Squall e sua equipe realizam missões ao redor do globo, enfrentando a ditadura de Gabaldia apoiada pela feiticeira Edea, um ser de enorme poder que influencia a política do mundo.
A história avança enquanto Squall e sua equipe realizam missões ao redor do globo, enfrentando a ditadura de Gabaldia apoiada pela feiticeira Edea, um ser de enorme poder que influencia a política do mundo.
E são mais de 80 horas de gameplay com
side quests, mini games e o excelente card game triple triad, mas além de excelente jogo é também uma narrativa que transborda
sentimento.
Essas
cenas épicas ainda dos primórdios da computação gráfica já animavam qualquer cabecinha infantil, mas saiba
que essa obra é muito mais que potência gráfica da época: Cada personagem não é uma ferramenta de gameplay,
jogada ali só pra encher os olhos e servir de muleta narrativa para diálogos.
Os companheiros do seu grupo são personagens complexos, mesmo com uma camada aparentemente fácil, ao longo da gameplay demonstra suas inseguranças e termina com uma evolução bem aparente, todos os personagens possuem seus arcos de superação e o jogador se sente participando ativamente dessas histórias.
Os companheiros do seu grupo são personagens complexos, mesmo com uma camada aparentemente fácil, ao longo da gameplay demonstra suas inseguranças e termina com uma evolução bem aparente, todos os personagens possuem seus arcos de superação e o jogador se sente participando ativamente dessas histórias.
O animado Zell, a perfeccionista Quistis, a desligada Selphie e o sedutor Irvine, são personagens apaixonantes e marcantes, nós nos sentimos amigos próximos desses personagens e torcemos por eles.
Mas o mais
emocionante para o meu coração é a evolução do casal principal, o romance em si já foi uma grande
surpresa, eu nunca havia tido aquela experiência em games. Squall Leonhart é uma pessoa fria e focada em seus objetivos, já Rinoa Heratilly é a passional (e um tanto infantil) líder revolucionária que luta contra a
ditadura de Galbadia na cidade de Timber. Aparentemente opostos que de alguma forma vão se
influenciando pouco a pouco desde a primeira interação.
(Essa cena de baile me deixou extasiado na primeira vez.)
Squall e
Rinoa possuem um desenvolvimento interessante e diálogos afiados que refletem as inseguranças da juventude, mesmo em um cenário de guerra, a trilha
sonora do mestre Uematsu ainda compõe cada cena de forma perfeita e os cenários
desenhados a mão dão um charme a mais, não é só um jogo mas obra multimídia única e apelativa.
Alguns criticam também a falta de um vilão cativante (a sina pós-Sephiroth), mas o
conceito das feiticeiras é bastante interessante, um pouco difícil de
acompanhar como toda obra que lidam com viagens no tempo, mas as tensões
políticas, ambientações, a mitologia, tudo isso dita um ritmo único e crescente para a narrativa, todo o ambiente é o vilão e esse jogo tem um clima diferente dos outros graças a isso.
É uma história que brinca com uma constante sensação de desespero, mas ainda desperta vontade de parar e apreciar aquele belo mundo a sua volta.
Os
personagens também precisam agir em todas as camadas da vida, eles lidam com
problemas pessoais, interpessoais e sociais, é uma obra que fala das mazelas da
guerra, liberdade de expressão e ditaduras, fala também de romance e juventude e não
teme misturar isso com uma grande dose de fantasia científica.
Cria assim sua própria alegoria, e
claro, como um bom videogame, tudo depende do jogador, até a interpretação (outra marca registrada de Final Fantasy).
Por isso e
por muito mais, Final Fantasy VIII é um ótimo exemplo de tudo que representa a
franquia, uma experiência multimídia com jogabilidade viciante e primorosa
storytelling, capaz de cativar até uma criança que não entendia quase nada do que
estava escrito na tela.
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