Na postagem anterior falei sobre o contador de histórias e sua
habilidade de nos carregar a um universo fantástico e exótico, além de despertar
profundos sentimentos e reflexões em seu público.
A ferramenta que um criador utiliza para esse feito é a Storytelling, palavra em inglês que define a capacidade de contar histórias de maneira relevante usando qualquer recurso disponível. Cinema, música, games, literatura e até fotografia utilizam esse recurso para ficarem marcados em seu público.
É uma palavra chique para o modo mais antigo de se passar conteúdo, nos remete a nossos antepassados reunidos em torno de uma fogueira e aprendendo uns com os outros sobre os casos e perigos da vida.
A área da publicidade e propaganda aprendeu bem a lição, acompanhar a
história de uma família feliz consumindo certa marca dentro de um contexto feliz torna mais fácil nos lembrarmos dessa marca.
Storytelling não se trata de pura inspiração que virá
somente aos poucos escolhidos, é algo extremamente trabalhoso que requer muito planejamento e pesquisa antes mesmo de colocar a mão na massa.
Cada tipo de mídia exige uma atenção especial e o leque de
possibilidades é limitado apenas pela criatividade do criador. Talento não é o
mais importante afinal - “talento sem conhecimento da arte é como um combustível
sem motor. Ele queima violentamente, mas não resulta em nada”. - (Robert Mackee).
Existem princípios que regem uma boa história, mas jamais existirão regras escritas em pedra, um bom autor deve reconhecer esses princípios e dominá-los a ponto de elevá-los ou subvertê-los, existem formas
eternas e não fórmulas perfeitas.
Storytelling é conteúdo, uma mensagem central, e forma - narrativas podem estar em tudo: música, pinturas, livros, filmes, games. O potencial é infinito e cada forma tem suas vantagens e desafios.
Executar conteúdo e forma de maneira primorosa garante o que
conhecemos por originalidade, mesmo o mais talentoso dos gênios precisa
estudar muito afim de conhecer as ferramentas mais eficazes para atingir o
coração do público.
O autor captura a verdade de sua experiência e transmuta - através de
estudo e trabalho - algo que jamais cairá em clichês. É sua visão dos arranjos
que conectam todos os elementos da realidade, sejam pessoais e/ou
interpessoais.
Ele vai cavar fundo nas relações humanas em busca do ouro pessoal e irá adicionar
sua percepção única na hora de recriar essas experiências, buscando sempre a comoção, refletindo sobre tudo aquilo que nos faz humanos.
Então começa o trabalho do criador, seu esforço para estruturar tudo isso em uma narrativa coerente, mas isso é um próximo assunto.
Até mais!
Até mais!
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